O Conselho Federal de Medicina propôs uma recomendação em relação à realização dos exames de endoscopia.
Ou seja, recomeda-se que além do profissional edoscopista, a presença de um segundo médico também é fundamental.
Sendo este, um anestesiologista; o qual deverá portar de RQE médico também.
A medida vem gerando discussões dentro da comunidade médica, devido às implicações que isso pode gerar na autonomia do profissional endoscopista e também na efetividade do cronograma de realização dos exames.
Se você ainda não está por dentro dessa resolução do CFM ou deseja ter mais informações sobre essa nova tratativa, é hora de se atualizar.
Confira tudo o que a AproMed trouxe de detalhes sobre o tema no artigo da semana!
Qual a proposta sobre ter um segundo médico especialista na realização dos procedimentos de endoscopia?
Desde 2017 os endoscopistas se orientam pela resolução do CFM (2274/2017) que descreve:
Art. 5º- Considerando a necessidade de implementação de medidas preventivas voltadas à redução de riscos e ao aumento da segurança sobre a prática do ato anestésico, recomenda-se que:
- a) a sedação/analgesia seja realizada por médicos, preferencialmente anestesistas, ficando o acompanhamento do paciente a cargo do médico que não esteja realizando o procedimento que exige sedação/analgesia;
Em resumo, o Conselho Federal de Medicina recomenda a presença de um segundo profissional durante a realização dos exames de endoscopia, preferencialmente anestesiologista.
Contudo, a SOBED (Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva), destaca que a posição do CFM destoa da literatura médica mundial, dos consensos e diretrizes das demais sociedades de especialidades médicas brasileiras e internacionais, no qual prevê que a necessidade de médico anestesiologista em procedimentos endoscópicos.
sejam estes, diagnósticos ou terapêuticos, está indicada para pacientes com casos específicos como: em idades extremas (crianças e idosos), com comorbidades importantes, em exames de urgência, procedimentos endoscópicos terapêuticos complexos, de longa duração, exames de emergência e sempre que o endoscopista julgar necessário.
Esta posição ainda é reforçada pela resolução da Anvisa (RDC número 6, de 1º de março de 2013) que regulamenta o exercício da especialidade de anestesiologia, classificando os serviços em 3 tipos:
- Tipo I – procedimentos realizados apenas com uso de anestésicos tópicos, sem uso de drogas venosas. Exemplo da laringoscopia e nasoendoscopia com aparelhos ultrafinos.
- Tipo II – procedimentos realizados sob sedação/analgesia venosa leve ou moderada, sedação pelo médico endoscopista que está realizando o procedimento, tendo no serviço todos os equipamentos de monitorização, oximetria, oxigênio, materiais de suporte de vida e atendimento aos eventos adversos cardiorrespiratórios com rotina estabelecida, com médicos especialistas capacitados e equipe treinada para intervir no caso de eventos adversos.
- Tipo III – procedimentos realizados sob sedação profunda/anestesia que necessita de um segundo profissional médico, capacitado para realizar o ato anestésico e dispor, além de todos os equipamentos citados, do carrinho de anestesia.
Desse modo, a participação de um segundo profissional para sedar o paciente durante exames endoscópicos diagnósticos de curta duração, realizados sob sedação leve/moderada, com drogas passíveis de reversão e que cumprem todas as exigências da RDC-6 da Anvisa fica sendo questionável, mesmo que realizada por um endoscopista especialista com Título de Especialista emitido pela SOBED/AMB, com RQE registrado nos Conselhos Regionais de Medicina ou ainda aqueles que possuem Certificado de Residência Médica em Endoscopia reconhecido pela CNRM-MEC, com RQE registrado nos Conselhos Regionais de Medicina.
A SOBED – (Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva), se posiciona dizendo que, quando o médico é especialista em endoscopia, ele possui conhecimento e autonomia para saber quando se faz necessária a presença de um anestesista para determinado procedimento endoscópico, podendo ser o segundo médico a acompanhar o exame, para sedação leve ou moderada, um profissional com RQE em endoscopia digestiva.
Este assunto vale a nossa atenção, caso você seja profissional dessa área médica ou esteja pensando em se atualizar e obter o RQE de endoscopista.
O que isso muda na realização dos procedimentos?
De acordo com as proposições da SOBED, a presença de um segundo especialista na realização dos procedimentos de endoscopia já é indicada. E esta presença, sendo de um anestesiologista, como descrito na resolução, pode ser caracterizada apenas como uma recomendação, sem caráter de obrigatoriedade.
Contudo, essa recomendação abre precedente sobre qualquer tipo de adversidade que aconteça durante o procedimento, cabendo questionamentos ou até mesmo penalização para o profissional que tenha realizado a endoscopia.
Temos aqui um amplo espaço para discussões relacionadas à resolução.
Endoscopista ou anestesiologista?
Ambas resoluções tem por objetivo tornar a endoscopia mais segura para o paciente.
E neste caso podemos considerar que, dentro do processo de especialização em endoscopia, o profissional da medicina estuda sobre as diferentes técnicas de sedação e anestesia.
Isso faz com que a discussão pela presença do segundo médico durante o procedimento, um especialista com RQE em endoscopia, seja também recomendado pelo CFM.
Dessa maneira, será possível perceber novas oportunidades profissionais para médicas e médicos que pretendem seguir essa carreira de especialização.
Afinal, com a reformulação da resolução e a aplicação da obrigatoriedade desse segundo médico, se abrirá espaço para contratações de mais profissionais da medicina que sejam especializados em endoscopia.
Para tanto, se mantém a necessidade do RQE como um pré-requisito. Por isso, quem estiver pensando em aproveitar as novas oportunidades de trabalho que se abrirão, se especializar em endoscopia é uma ótima opção.
Quer saber mais sobre como realizar esse processo? Acompanhe no texto abaixo.
Como se tornar um especialista com RQE em endoscopia?
Para se tornar um especialista com RQE em endoscopia, o médico(a) precisa, inicialmente, ter a graduação em medicina e logo após, passar por um período de residência em cirurgia geral ou clínica médica.
Depois disso, é necessário se tornar um especialista na realização do procedimento, em si. Para tanto, o médico(a) pode optar por duas alternativas de formação:
-
Fazer uma residência médica na área, atuando em uma instituição reconhecida pelo MEC;
ou
-
Obter a aprovação na prova de Título de Especialista realizada pela entidade reguladora da especialidade, a SOBED, tendo como pré- requisito para inscrição na prova a realização de uma especialização na área com 60h/aula e uma declaração de 4 anos de prática médica na especialidade.
As duas alternativas dão acesso ao título de RQE em endoscopia. Entretanto, como descrito acima, elas apresentam diferenças em sua realização prática.
A residência médica exige que o profissional se dedique presencialmente, dentro de horários que cumpram a grade curricular e carga horária da instituição,
Pois assim, é possível obter a formação a partir da prática diária, além de, muitas vezes com baixa remuneração.
Neste caso, quando o profissional já atua como especialista em alguma outra área da medicina, esta opção pode ser considerada complexa de se adequar a suas obrigatoriedades de horário e disponibilidade.
Por isso, a segunda alternativa de caminho para a obtenção do RQE se torna mais viável.
Pois, a partir da aprovação no exame de título, o médico pode assumir seu título de especialista.
A prova de título é caracterizada por questões de alta complexidade, que exigem que o profissional tenha capacitação teórica em diferentes aspectos da endoscopia.
Por essa razão, é comum que os interessados em se tornarem endoscopistas a partir da prova de título, recorram a alternativas de estudos direcionados com a finalidade da aprovação no exame.
Cursos preparatórios para prova de título em endoscopia
Os cursos preparatórios para prova de título em endoscopia são programas de estudos especialmente criados para que as médicas e médicos que pretendem se especializar na área possam estudar de forma mais eficiente.
Eles preveem a cobertura de conteúdos teóricos sobre os temas relacionados, garantindo que estarão aptos para a realização da prova de título. Além disso, são ótimas opções para quem deseja melhorar o seu desempenho no exame em questão.
Onde realizar um curso preparatório para prova de título de especialista em endoscopia?
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Além disso, os cursos da AproMed possuem altos índices de aprovação e nossos ex-alunos aprovados na prova de título podem comprovar a qualidade do conteúdo oferecido.
Pois, eles asseguram os alunos com opções para o candidato (a) que deseja se preparar para as duas etapas da prova de título.
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