Escolher um bom médico não é uma tarefa fácil. Afinal, pode haver muitas opções disponíveis e, a menos que tenham uma indicação, as pessoas geralmente escolhem sem muitos critérios.
No entanto, isso pode colocar em risco um tratamento eficaz ou um acompanhamento adequado.
Nesse sentido, há alguns critérios bem objetivos que você pode seguir. No caso dos especialistas, o principal deles é o Registro de Qualificação Médica, mais conhecido pela sigla RQE.
Apesar de ser apenas número cadastral, ele diz muitas coisas sobre o profissional e sua trajetória.
Ficou interessado? Então acompanhe o nosso post.
O que é o RQE?
As atividades médicas são reguladas de perto pelos órgãos de fiscalização, pois é uma profissão que impacta diretamente a qualidade de vida das pessoas.
Por isso, precisa ser exercida com bastante responsabilidade.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) é o órgão responsável pela regulação de todas as atividades médicas no território nacional. Em cada estado da federação, ele é representado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM).
Normas do CFM
Todo o médico, especialista ou não, precisa ter um registro nos Conselhos Regionais, pois caso não tenha, ele não pode exercer a prática médica.
Ou seja, não adianta concluir a graduação de medicina e não tirar CRM médico.
O CRM irá gerar um código e tal código deve ser inserido em todas as divulgações e documentos do profissional, incluindo:
- placas;
- papel timbrado;
- receitas médicas;
- carimbos;
- atestados;
- redes sociais, entre outros.
Porém, o CRM apenas habilita o médico para atuar como médico generalista e não especialista. Para especialista, é necessário de um outro registro no Conselho Regional de Medicina, o RQE.
O Registro de Qualificação de Especialista, assim como o CRM, é um número. Ele também deve ser divulgado da mesma forma que o CRM em todos os documentos e publicidades que mencionamos acima. Sem um RQE, o médico não é considerado especialista.
Diferenças entre pós-graduação e especialidade médica
Se o profissional tiver feito uma pós-graduação na especialidade, ele pode se denominar especialista? Não. Os cursos de especialização tradicionais são teóricos e muito curtos, durando cerca de 360 a 420 horas. Os mestrados e os doutorados, apesar de longos e bem difíceis, não oferecer nenhum treinamento técnico e são voltados para a pesquisa.
Para ter uma especialidade médica reconhecida, o profissional vai precisar comprovar centenas de horas de prática. Para isso, o médico pode seguir dois caminhos. Vamos explicar melhor a seguir.
Por que o RQE é tão importante na escolha de um médico especialista de qualidade?
As especialidades médicas cuidam das doenças mais complexas da medicina. São aquelas que um profissional formado apenas na graduação, o generalista, não consegue tratar adequadamente nos consultórios. É muita responsabilidade. Por isso, a formação e a experiência devem ser amplas.
Para isso, o CFM reconhece duas formas de um médico conquistar um RQE: a residência médica e a prova de título de especialista. Apesar de distintas, não há diferença entre elas em relação à qualidade do médico que formam.
Residência médica
A residência médica é um tipo especial de curso prático que apenas médicos podem cursar. Nela, o profissional fica de dois a cinco anos, a depender da especialidade, atuando sob supervisão de médicos experientes, chamados de preceptores.
Durante esse período, o profissional precisa se dedicar por 60 horas semanais e, em mais de 90% desse tempo, realizar atividades práticas. Por exemplo, ele faz o acompanhamento de pacientes internados ou em ambulatórios, preenche prontuários, analisa exames diagnósticos, executa procedimentos e cirurgias, entre outras atividades.
Nos outros 10% do tempo, ele se concentra em atividades teóricas para aprofundar o conhecimento.
Quando conclui um programa de residência, o médico conquista o direito de registrar um RQE e se chamar especialista. Mas esse não é o único caminho.
Provas de Título de Especialista
Outra forma de ganhar bastante experiência em uma especialidade é atuar diretamente em hospitais e clínicas sem vínculo com um programa de residência. Quando o médico acumula anos suficientes de experiência, ele pode se candidatar para um prova rigorosa, chamada de Prova de Título de Especialista.
Mas quanto tempo de experiência o médico precisa comprovar? É sempre o dobro de anos da respectiva residência médica, cujo tempo varia conforme a especialidade. Por exemplo, a residência em dermatologia dura três anos. Então, o médico precisaria comprovar uma experiência de seis anos na área para poder fazer a Prova de Título de Especialista.
E como são essas prova? Elas são elaboradas e realizadas pelas Sociedades e Associações Médicas de Especialistas, sendo consideradas os testes mais difíceis na medicina brasileira.
Seguindo o exemplo anterior, a Sociedade Brasileira de Dermatologia é a responsável pela prova de Título de Especialista em Dermatologia (TED). Isso significa que os mais renomados dermatologistas do Brasil elaboram as questões da prova, e a lógica é a mesma para as demais especialidades.
Além disso, todas as provas devem ser realizadas em duas etapas. A primeira é de múltipla escolha, com pelo menos 80 questões. Quanto à segunda, as questões são abertas e incluem casos clínicos para que o profissional demonstre toda a sua capacidade de raciocínio médico. Se aprovado em ambas, ele conquista o Título de Especialista e o direito de registrar o seu RQE.
A prova é tão difícil que o médico precisa se preparar por pelo menos um ano e estudar por muitas horas semanais. Portanto, nessa segunda opção, temos um especialista com muitos anos de experiência e uma bagagem teórica bem completa.
Desse modo, a conquista do RQE é bastante árdua.
Independentemente do caminho, os profissionais são de excelência e irão se destacar por:
- conhecimento teórico;
- treinamento prático;
- dedicação;
- esforço;
- amor à medicina;
- respeito ao paciente, entre tantas outras competências;
Desse modo, na hora de escolher o melhor médico especialista, não deixe de verificar se ele tem um RQE registrado no Conselho Federal de Medicina. A consulta pode ser feita pelo portal do CFM a partir do nome ou do CRM. Além disso, as Associações e Sociedades Médicas de cada especialidade também divulgam um catálogo de todos os profissionais registrado nelas. Você pode ver os exemplos da SBD e da ABP.
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Portanto, prezado(a) colega médico(a), divulgue este conteúdo para seus colegas médicos. Vamos valorizar o título de especialista registrado no CRM, pois essa ação trará melhoria para a medicina brasileira, além de alertar a todos para a exigência do CFM.
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O médico pode atuar em todas as especialidades médicas sem restrições. Contudo, o Conselho Federal de Medicina (CFM), por meio do artigo 117 do novo Código de Ética Médica, exige do profissional que divulga sua especialidade em anúncios de qualquer ordem que, junto ao nome, inclua, também, seu número do Conselho Regional de Medicina (CRM), com o estado da Federação no qual foi inscrito e o seu Registro de Qualificação de Especialidade (RQE). Caso o médico não cumpra essa norma, estará sujeito a um processo ético administrativo junto ao CRM, visto que se trata de uma infração ao Código de Ética Médica.
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