Muitas pessoas possuem dúvidas envolvendo o RQE em medicina, pois que acreditam que esse é um registro exclusivamente relacionado a atuação das médicas e médicos.
Dessa forma, acham que a sua obtenção é feita a partir da apresentação de documentações e registros, como se fosse, exclusivamente, um elemento burocrático na carreira dos profissionais da saúde.
Entretanto, o RQE é um dos títulos mais importantes que as médicas e médicos possuem quando especialistas em alguma área e o processo de obtenção é bem diferente do modelo citado.
Essa, inclusive, é uma das dúvidas frequentes sobre o registro, que vale a pena entender melhor. E, junto com ela, trouxemos mais algumas que são relacionadas ao RQE em medicina, que irá ajudá-los a entender melhor como esse título interfere na capacidade de atuação dos profissionais.
Confira quais são as 10 perguntas mais comuns sobre o Registro de Qualificação e entenda a sua importância na vida profissional das médicas e médicos.
1. O que é o RQE em medicina?
O Registro de Qualificação de Especialista, também chamado de RQE, é um título dedicado às médicas e médicos que possuem habilitação para atuar como especialistas em uma determinada área da medicina.
2. Como se obtém o RQE em medicina?
Para obter o RQE em medicina, é necessário que a candidata ou candidato à especialista seja aprovado em uma prova de titularidade ou ter concluído residência médica em uma instituição de ensino reconhecida pelo ministério da educação.
Essa prova é desenvolvida e aplicada pelo órgão responsável por aquela determinada especialidade médica.
Obtendo a aprovação nesse exame, composto por questões teóricas de alta complexidade, e cumprindo as exigências de cada edital ou concluindo a residência médica específica, os interessados terão o Registro de Qualificação de Especialista.
3. Qual a importância do RQE em medicina?
Ao obter o RQE em medicina, as médicas e médicos são autorizados a exercer as funções especializadas na área escolhida, fazendo a efetiva divulgação desse trabalho.
Isso porque, apenas sendo registrado no CRM como um médico especialista, é que se torna possível divulgar a sua atuação e, com isso, atrair pacientes que necessitam de apoio especializado.
4. Todas as médicas e médicos precisam ter o RQE?
Efetivamente, as médicas e médicos podem atuar em qualquer área da medicina, de maneira generalista, assim que recebem o diploma na graduação.
Entretanto, essa liberação serve, exclusivamente, para que possam ser realizados atendimentos emergenciais ou de baixa e média complexidade, em espaços hospitalares, serviços municipais de saúde ou clínicas particulares.
Caso pretendam atuar com foco em determinada área, inclusive atendendo em consultórios e clínicas, será necessário obter o RQE da especialidade desejada.
5. Há RQE de quais especialidades médicas?
O Registro de Qualificação de Especialista é dedicado a todas as áreas e especialidades médicas disponíveis para atuação dos profissionais da saúde.
Isso significa que é possível obtê-lo em Cardiologia, Dermatologia, Gastroenterologia, Nutrologia, Endoscopia, Psiquiatria e várias outras áreas da saúde.
Entretanto, vale destacar que cada um dos registros é obtido a partir da aprovação na prova de título específica ou após residência médica, daquela especialidade.
6. RQE e CRM são a mesma coisa?
Apesar de muitas pessoas confundirem o Registro de Qualificação de Especialidade (RQE) e o Conselho Regional de Medicina (CRM0), vale dizer que eles não a mesma coisa. RQE, como dito, significa Registro de Qualificação de Especialista e determina que a médica ou médico está autorizado a atuar de maneira especializada, atendendo uma certa área da medicina.
Já o CRM significa Conselho Regional de Medicina e é considerado um registro que as médicas e médicos recebem, assim que formam na graduação.
Entretanto, diferente do RQE, o CRM é uma definição de que o profissional está, efetivamente, vinculado ao órgão regional fiscalizador de sua profissão.
Todos os Conselhos Regionais de Medicina estão associados ao órgão máximo, Conselho Federal de Medicina (CFM).
Cada um dos estados possui conselhos estaduais e as médicas e médicos devem estar associados a ele para poderem atuar.
Isso significa que, além do CRM, para atuar como especialista ainda é necessário ter o RQE.
7. O que o RQE em medicina garante ao profissional?
Conforme explicado, o Registro de Qualificação de Especialista garante que a médica ou médico obteve capacitação especializada e treinamento para atuar em determinada área da saúde ou realizar tratamentos específicos, na medida em que o profissional só pode afirmar que atende a uma ou outra especialidade, quando dispõe desse documento.
Ter esse registro também pode ser visto como uma forma de reforçar a sua qualificação profissional, já que, para obtê-lo, é necessário que a médica ou médico tenha alta capacitação, considerando a prova de título que deve ser cumprida, além da residência médica.
8. O RQE médico é um registro internacional?
O RQE médico é um registro que fica vinculado ao título do profissional em seu CRM. Este, por sua vez, faz parte das competências do Conselho Federal de Medicina.
Logo, o registro de qualificação de especialista possui abrangência em todo o território nacional.
Para que a médica ou médico atuem fora do país, é necessário obter outras titulações, especificas de cada localidade para onde poderão migrar.
9. O que acontece caso a médica ou médico atue sem o RQE?
Caso eles não possuam o RQE e, ainda assim, façam o atendimento especializado, poderão sofrer sanções legais, pagar multas e até mesmo ter o seu CRM cassado, sendo efetivamente impedidos de atuar.
Se a médica ou médico tem o interesse de promover o seu atendimento especializado, obrigatoriamente precisarão ter um RQE válido.
10. É possível ter mais de um RQE em medicina?
Nada impede que a médica ou médico possua mais de um título de RQE. Afinal, o seu conceito principal está relacionado a condição de especialista.
Caso o profissional seja especialista em duas áreas, ela irá contar com duas titularidades, isto é, com dois RQEs. Ressalte-se, porém, que o Decreto lei 4.113/42 do Código de Ética Médica, o proíbe de fazer referência a mais de duas especialidades. Assim, o profissional deve anunciar, no máximo, duas especialidades, mesmo que possua número maior.
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Por exemplo, é possível ser especialista em Gastroenterologia e, também, em Endoscopia, duas áreas médicas coligadas. Ou, quem sabe, ser um Psiquiatra e um Neurologista, ao mesmo tempo.
Mas, vale destacar que isso não acontece em relação ao CRM, já que o registro é unitário e vinculado à pessoa profissional.
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Pois, sem educação médica continuada, fica quase que impossível adquirir reconhecimento profissional.
Por isso, a importância do título de especialista registrado no CRM.
Portanto, melhorar sua condição econômica exige também conquistar o título de especialista registrado no CRM. Trata-se de algo importantíssimo e fundamental para se destacar. O diferencial que pode alavancar a vida do profissional da medicina.
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